Lançamento da publicação da Revista Defensoria Antirracista na sede da DPRJ

 

Um glossário com termos que ajudam no combate ao racismo, dados de filtragem racial nos crimes do Estatuto do Desarmamento, além de um relatório sobre reconhecimento fotográfico nos processos criminais no Estado do Rio. Esta é apenas uma parte do conteúdo da primeira Revista Defensoria Antirracista, lançada na última sexta-feira (07), na sede administrativa da DPRJ.

Com 270 páginas, a publicação é uma iniciativa da Coordenação de Promoção da Equidade Racial (Coopera) e tem o intuito ser uma espécie de “livro de bolso” para profissionais da Defensoria Pública e das demais instituições do sistema de justiça. O objetivo é auxiliar na preparação de atividades rotineiras de atendimento, acolhimento, escuta qualificada, orientação e litigância jurídica.

Durante o evento de lançamento, que reuniu defensoras(es), juristas e membros da sociedade civil para debater o tema, a coordenadora da Coopera, Daniele da Silva, destacou que a publicação é um marco na trajetória de combate ao racismo e na busca pela equidade étnico-racial da DPRJ.

— É com muita alegria que eu saúdo essa iniciativa que firma o compromisso da Defensoria com a missão antirracista e o avanço na promoção da equidade étnico-racial, assumindo que existe o racismo institucional e se comprometendo a combate-lo -  resumiu Silva. 

Para a defensora pública-geral, Patrícia Cardoso, a Revista mostra, mais uma, vez o pioneirismo da Defensoria em fomentar o conhecimento jurídico crítico, contribuindo para a luta antirracista.

— O lançamento da Revista é histórico e uma conquista muito grande. Isso não seria possível sem tudo o que foi plantado lá atrás. Seguiremos dando sequência às políticas institucionais contra o racismo. Faremos o próximo concurso com a repetição da política de cotas e com a coragem de dar continuidade àquilo que deu efetivamente certo! — ressaltou a DPGE.

Além das questões raciais, a Revista também tem um olhar voltado para o feminicídio, para dados sobre mulheres criminalizadas pela prática do aborto e conta ainda com um perfil das mulheres, gestantes, lactantes e mães atendidas nas audiências de custódia do Rio de Janeiro. 

Para a subcoordenadora da Coopera, Anne Nascimento, a publicação é um presente para toda a sociedade. 

— Mais do que nos orgulhar, a Revista também nos emociona e demonstra como a Defensoria pode transformar a vida de pessoas negras e avança contra o racismo institucional dentro do sistema de justiça. A sistematização de dados é muito relevante para amparar pleitos junto ao Poder Judiciário — concluiu a coordenadora.

Também esteve presente na mesa de abertura do evento o diretor geral do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur), Henrique Guelber. A cerimônia também contou com uma mesa de debates sobre o antirracismo com a participação da defensora pública Adriana Britto; da integrante do comitê da Coopera, Fabiana Silva; da secretária nacional de Direitos Humanos, Isadora Brandão; e do advogado abolicionista quilombista, Luciano Goés.

Para acessar o conteúdo completo da revista, clique aqui.

 Veja as fotos.

Texto: Jéssica Leal e Clarice Lopes
Fotos: Mariana Reduzino



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