Foto: Thiago Menezes. Reprodução Redes Sociais

 

Família do garoto, morto em operação na Cidade de Deus, é assistida pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio (Nudedh) deu entrada nesta terça-feira (8) em uma ação judicial para que a Polícia Militar retire do ar uma postagem que criminaliza o adolescente Thiago Menezes, morto na madrugada da última segunda-feira (7) durante uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Na publicação, feita às 5:44 da manhã de segunda, a corporação afirma que “um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto” com a Polícia. A ação foi distribuída para a 10ª Vara de Fazenda Pública. 

Apesar de a PMERJ posteriormente ter apresentado outras versões para o fato, o texto segue nas redes, com quase um milhão de visualizações. Em depoimento dado durante o atendimento da família no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da DPRJ, a mãe de Thiago, Priscila, expõe sua indignação com a publicação. 

- Thiago era apenas um adolescente que perdeu a vida precocemente e de forma trágica. Mais uma vítima que entra para a estatística.

Na ação, a DPRJ afirma que houve “violação aos Direitos da Personalidade do adolescente Thiago, bem como de sua mãe”. A Defensoria pede ainda que a PMERJ deixe de reprimir de forma ostensiva as manifestações pacíficas que ocorrem em decorrência da morte do menino, bem como o protesto social da mãe . 

Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, foi baleado por volta da 0h40, na Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, via principal da Cidade de Deus. O corpo do garoto foi enterrado na tarde desta terça no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. Thiago foi velado em uma igreja evangélica que frequentava na comunidade. O local fica a poucos quilômetros de onde ele foi morto.



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