A Defensoria Pública do Rio atuou nos cincos locais de jogos durante as Olimpíadas do Rio, integrando o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos nas duas semanas de competições. De forma voluntária, 30 defensores públicos e 34 servidores ficaram à disposição das 8h da manhã até o fim dos jogos nos complexos de Copacabana, Barra da Tijuca, Maracanã, Deodoro e Engenhão. Foram realizados 86 atendimentos na Barra da Tijuca, 36 em Copacabana e 27 no Maracanã, totalizando em 149 atendimentos. Destes, 47 foram orientações jurídicas, 80 audiências, 11 petições iniciais, nove petições diversas e dois ofícios expedidos. Ainda faltam os dados dos complexos de Deodoro e Engenhão.

A maioria dos casos foi relacionada a cambismo, muitas vezes qualificado de forma equivocada pelos agentes policiais. Problemas relativos à defesa do consumidor, como ingressos invalidados ou mudança no horário das competições, impossibilitando que o torcedor assistisse ao jogo previsto, também foram mediados com os responsáveis pela organização do evento. Os voluntários da Defensoria também atuaram em questões referentes à defesa criminal e na tradução da língua para estrangeiros.

Um dos casos qualificados equivocadamente como cambismo ocorreu em Copacabana. Um professor de educação física veio de São Luiz (MA) para assistir aos jogos de vôlei de quadra e handebol feminino. Frustrado com a eliminação da seleção brasileira nas duas modalidades, ele procurou as bilheterias tentando devolver os ingressos e reaver o valor pago. Foi informado, porém, que o reembolso só poderia ser obtido caso tivesse sido requerido com uma semana de antecedência. Como o prazo já havia passado, decidiu vender os ingressos na rua, pelo mesmo preço pago. Acabou detido pela Polícia e levado à delegacia. Após a intervenção da Defensoria, o caso foi arquivado, por não ser crime a venda de ingressos pelo valor pago, mas apenas por valor superior. Os ingressos foram restituídos e ele foi liberado.

Outro caso interessante atendido pela Defensoria envolveu os direitos das pessoas com deficiência. Uma recomendação foi expedida ao Comitê Organizador para que os voluntários fossem bem instruídos sobre os acessos disponíveis, visto que, nos primeiros dias, na Arena Copacabana, muitos não sabiam que havia mais de uma rampa de acesso. O espectador deveria ser encaminhado a uma ou outra rampa, conforme a localização de seu assento, pois caso o torcedor subisse por uma das rampas e seu assento fosse do outro lado da arena, não seria possível cruzá-la até lá.

A Administração Superior da Defensoria agradece o empenho de cada um dos servidores e defensores abaixo relacionados:
Defensores Públicos:
Beatriz Cunha, Juliana Pertence, Ana Paula Colombiano, Camila Zimmermann, Raphaela Cavalcanti, Jorge Luiz da Costa, Anna Carolina Vieira, Andreia Gonçalves Cunha, Larissa Davidovich, Leandro Santiago Moretti, Leonardo Guida, Mabel Arce, Marcelo Leão, Rafaela Garcez, Rodrigo Azambuja, Thais de Moura Souza e Lima, Rodrigo Roig, Claudio Mascarenhas, Renata Tavares, Claudia Daltro Matos, Marcos Roberto Lang, Antônio Carlos de Araújo, Paulo Vinícius Cozzolino, Maria de Fátima Dourado, Willian Akerman, Musa Máximo Gomes , Rafael Lins, Mariana de Matos, Isabel Schprejer, Priscila Silva Porto.


Servidores:
Abel de Vasconcelos, Alex da Costa, Alexandre Porto Junior, Alexandro dos Santos, Ana Carolina Costa Silva, André Martins dos Santos, Priscila dos Santos, Carlos Alberto Oliveira, Deividson Borges, Fabiana Veitman, Fatima Mendes, Fernanda Gameleira, Fernanda Mesquita, Flávia da Rocha, Huynderson Franco, Isabel da Paixão, Marcio Thiago, Ivan de Franca, Letícia Duarte, Luis Fernando de Oliveira, Luiz Ricardo do Amaral, Marcelo da Fonseca, Mariana Campos, Natália Quintães, Nicolas da Silva, Rafael Cavalcante, Ralph de Paula, Renata de Carvalho, Rodrigo Bione, Thais Blanco, Vanessa da Costa, Yuri Cohen Silva, Heleno Ribeiro Filho, Guilherme Conde Patrício.



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