Dez! Nota dez em fantasias e também em alegorias e adereços é o que os alunos do projeto “Abrigo das Artes e Cidadania” esperam ganhar não só dos jurados dos desfiles das escolas de samba cariocas, mas também dos professores de artesanato para o carnaval que participarão das aulas previstas na iniciativa.

Realizado por meio de parceria entre a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), a prefeitura e a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), o projeto voltado à capacitação de pessoas em situação de rua para o mercado do carnaval teve a sua aula inaugural realizada, já nesta terça-feira (18), em solenidade no auditório do segundo andar da sede da DPRJ.

– O projeto traz a possibilidade de explorar o potencial artístico das pessoas em situação e rua, uma vez que quem trabalha com esse segmento já sabe e já constatou o elevado índice de pessoas com dons artísticos que estão hoje nas ruas. A Defensoria pretende, com essa parceria, ampliar esse projeto para todos os abrigos do município – anuncia a defensora pública Carla Beatriz Nunes Maia, atuante no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ.

A iniciativa começa com a participação de 10 pessoas do Abrigo Plínio Marcos, em São Cristóvão, onde as primeiras aulas acontecerão. Em um segundo momento, as oficinas serão ministradas também na Cidade do Samba.

– Estou disposto a ajudar e a aprender o máximo que eu puder. É uma profissionalização a mais – comemora o já percussionista Jocivaldo de Jesus Lima, de 36 anos.

Aluno do projeto, ele já apresentou muitos sucessos na noite paulistana e quer repetir o feito no Rio, mas com obras de arte de sua própria autoria.

–  Nota 10 para esse projeto. Também espero aprender muito – acompanha o cantor Hermes Oliveira de Ribeiro, de 26 anos, já entrando no mesmo ritmo, o do samba.

Texto: Bruno Cunha



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