Rockeiro inspirou campanha de Whatsapp "Dicas do Sandro", para ajudar colegas sobre a ferramenta

 

Quando não está ensaiando ou estudando guitarra, Sandro Marcelo Arpi ganha a vida como analista de sistemas. Tendo em vista que a carreira de músico não lhe parecia de imediato viável para manter-se na vida, profissionalizou-se na área de Tecnologia da Informação. É bacharel em Ciências da Computação, tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e tem MBA em Gestão Empresarial.

Ingressou na Defensoria Pública do Rio de Janeiro em 2014, como estagiário no Departamento de Sistemas de Informação (DSI). Trabalhou por um período de oito meses e saiu na expectativa de ocupar vaga de analista numa empresa. O novo emprego acabou não dando certo e ele voltou, em dezembro de 2015, quando foi nomeado para cargo em comissão de Assessor Especial no mesmo setor do estágio.

Uma pessoa tranquila e, ao mesmo tempo, comprometida com o trabalho, tornou-se o principal responsável pelo apoio aos usuários do Sistema Verde nos grupos de Whatsapp da Defensoria.

Sua figura inspirou a criação de um personagem que ilustra a campanha interna que está sendo desenvolvida para responder as perguntas que mais se repetem. São as “Dicas do Sandro”, que começam a circular a partir desta semana nos grupos de apoio.

– As perguntas que mais se repetem, quando o sistema começa a ser usado num órgão, em geral, são sobre o primeiro acesso, recuperação de senha e acesso de estagiários. As mais complicadas são aquelas que dependem de ajustes no próprio sistema ou no web servicedo Tribunal de Justiça – explica o servidor. Além de responder as dúvidas, ele também lista e encaminha para solução os problemas identificados na comunicação com o web service e os relacionados com o próprio sistema.   

Sistema Verde

Oficialmente denominado Sistema Facilitador da Defensoria Pública, o Verde foi  desenvolvido pela Fundação Coppetec, a partir de um convênio assinado em 2015. Tem como principais funcionalidades a geração de ofícios, o cadastro dos assistidos e a distribuição eletrônica de petições através do portal do Tribunal de Justiça.

Sua implantação definitiva foi iniciada em março de 2017. Após um ano de funcionamento, nove mil petições de assistidos da Defensoria já haviam sido distribuídas por meio do Verde. O número de órgãos que passaram a utilizá-lo na atividade fim da instituição também subiu muito, triplicou. Em março de 2017, o Verde estava em 51 órgãos. Doze meses depois, esse número havia subido para 156.

O Sistema Verde continua se expandindo e ganhando mais órgãos e usuários da Defensoria. Já está em fase de implantação o módulo Nuspen, para quem trabalha fazendo atendimento aos presos. Também está planejada a criação de um módulo para a Central de Relacionamento com o Cidadão (CRC). E o Verde deverá chegar ao público externo, a partir da implantação do módulo cidadão, que poderá ser baixado como aplicativo de celular. 

O analista Sandro Arpi acompanha de perto a implantação do sistema desde a fase de testes, iniciada em julho de 2016, nos Núcleos de Primeiro Atendimento do Méier e de Madureira. 

– Junto com o pessoal da Coppetec, nós demos apoio presencial a servidores, defensores e estagiários que atendem o público do Méier e de Madureira – conta o analista que acompanhou também os primeiros treinamentos que acontecerem na Sala do Verde, na sede administrativa, meses antes da implantação definitiva do Sistema.

Grupos de apoio para usuários 

Sandro lembra que a ideia de criar os grupos de Whatsapp surgiu durante os treinamentos, para manter o apoio aos usuários nas demandas que surgissem no dia a dia do atendimento.

– Os treinamentos que servem para apresentar o sistema aos usuários são curtos e, por isso, sentimos a necessidade de criar grupos para continuar explicando o pessoal, a partir da prática no órgão. No início, todos se ajudavam. Mas na medida em que as perguntas mais simples iam sendo respondidas para a maioria e as mais difíceis apareciam, alguns usuários começaram a ficar sem resposta. Então, entendemos que era preciso ter alguém para cuidar disso com mais compromisso. Eu não sou o único a ajudar, o Fred (Frederico de Paiva) e o Diogo (Diogo Mesquita) também respondem. No início, a Dra. Paloma Lamego (Chefe de Gabinete), o Dr. Dênis Praça (1º Sudefensor Público Geral) e a Dra. Gabriela Cherem (Coordenadora da CRC) ajudaram muito nos grupos de apio – contou.    
 
Atualmente, existem quatro grupos de apoio aos usuários: Verde Implantação, com 226 pessoas; Verde Implantação 2, com 121; Verde Região 7, com 56; e Verde Nuspen, com 23.  Para o atendimento, a equipe de servidores conta com o apoio técnico em dois grupos de suporte: um para casos de falha no sistema e outro para casos de falha na infraestrutura.


Dicas do Sandro

A eficiência com que ajuda os colegas inspirou a instituição a criar a campanha "Dicas do Sandro" para ajudar aqueles que ainda tem dúvidas sobre o sistema. São cards com respostas para as perguntas mais recorrentes que serão inseridos nos grupos pelos administradores. A ideia é que os cards circulem por iniciativa dos próprios participantes, retomando assim um pouco da ideia inicial do apoio, quando todos se ajudavam. 

Os cards são ilustrados com um personagem inspirado na figura do Sandro. Ele veste camisa de banda e é barbudo. Iniciativa da instituição, a campanha está sendo desenvolvida pela Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública.

Sandro tem dicas que são realmente infalíveis e que ajudam o usuário a nunca mais errar. Cuidados muito simples que, no acúmulo de tarefas no dia a dia dos órgãos da instituição, podem fazer muita diferença. Como, por exemplo, lembrar de fazer o famoso Ctrl C e Ctrl Vno momento de copiar a senha de acesso enviada para o e-mail e colar na página inicial do sistema. Assim ninguém falha na digitação.
 
Sobe o som 

Se nas “Dicas do Sandro” o guitarrista segura um tablet, quando não está trabalhando prefere trocar o celular pela guitarra. O rock é uma válvula de escape, garante.  

Paulista de Itu, mora no Rio de Janeiro desde os 5 anos de idade quando o pai, militar, foi transferido para a cidade. Despertou para o rock ´n roll acompanhando uma geração inteira: por volta dos treze anos, sob o impacto do primeiro Rock in Rio (1985).

– Que eu não fui – ressalta. 
  
Não foi mas correu atrás do sonho de ser músico, concluindo a Escola de Música Villa Lobos e mantendo aulas particulares de guitarra. Atualmente, é  guitarrista na Scavenger,  banda de amigos que se reúne a cada quinze dias num estúdio em Camboinhas para tocar o que há de melhor no gênero, como Black Sabbath, Metallica e Judas Priest.

Quem quiser conferir ensaios da banda Scavenger, a boa é entrar no canal do Sandro Arpi no YouTube. Fica a dica.

Texto Elisete Vianna

Foto: Jaqueline Banai



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