Cristiane Tavares da Silva conseguiu vaga para seu filho, Gabriel, de dois anos, no mutirão da Defensoria.
Cristiane Tavares da Silva conseguiu vaga para seu filho, Gabriel, de dois anos, no mutirão da Defensoria. 

 

Desde antes das 8 horas da manhã deste sábado (23), horário marcado para o início do de mais uma atividade do Defensoria em Ação específica para os que não conseguiram matricular seus filhos nas creches do município, a porta da Defensoria Pública do Estado do Rio (DPRJ) de Jacarepaguá já estava com centenas de responsáveis, angustiados em resolver a situação de seus pequenos. Após ser procurada por mais de mil famílias, sendo a grande parte da Zona Oeste, a DPRJ convidou a Secretaria Municipal de Educação para o mutirão, a fim de agilizar a resolução do problema. Foram quase 300 atendimentos feitos no 2º mutirão. Grande parte conseguiu sair com o filho matriculado em uma creche perto de casa.

 

Após tentar vaga para seu filho há dois anos, Cristiane Tavares da Silva finalmente conseguiu garantir que seu filho, Gabriel, possa ter o direito à educação efetivado. Diante da dificuldade em conseguir a vaga na creche municipal, Cristiane, que era trocadora de ônibus, se encontra desempregada porque não tinha como pagar alguém para ficar com o pequeno para ir trabalhar. Este sábado (23), porém, foi um dia importante para a virada de chave em sua vida. Assim como Cristiane, centenas de mães que compareceram ao mutirão também conseguiram resolver suas situações.

 

Renata Santos Alves, de 37 anos, porém, conseguiu resolver metade de seu problema. Para o filho de um ano e seis meses, ela conseguiu uma vaga próximo de casa, embora tenha que pegar transporte. Já para o filho de quatro anos, não houve vaga. Até hoje, ele nunca conseguiu uma vaga no ensino público de educação. Renata foi encaminhada, então, para propor uma medida judicial, junto à Defensoria, caso a Secretaria de Educação não consiga uma vaga no prazo de 30 dias, como prometido pelo próprio órgão.

 

- Ofereceram vaga para o meu filho em Rio das Pedras. Eu não tenho condição de pagar o transporte. Sou mãe solteira, trabalho há 16 anos em uma empresa e pago uma pessoa para me ajudar com as crianças, mas o dinheiro não está dando, não tenho como pagar mais esse transporte para a creche - contou a moradora da Tijuquinha, no Itanhangá, que trabalha há 16 anos em um clube na Barra.

 

Renata Santos Alves, de 37 anos, conseguiu resolver metade de seu problema, no mutirão da Defensoria.
Renata Santos Alves, de 37 anos, conseguiu resolver metade de seu problema, no mutirão da Defensoria especifico sobre o problema da falta de vagas em creches.

 

Por enquanto, mais três mutirões estão programados para os dias 9, 16 e 23 de março, respectivamente, nas sedes da Defensoria Pública de Campo Grande, do Terminal Menezes Cortes no Centro e, novamente, de Jacarepaguá. Outros mutirões poderão ser organizados caso a alta demanda se mantiver. Não há mais vagas para os mutirões, mas quem ainda não conseguiu matricular os filhos nas creches do município deve entrar em contato com a Central de Relacionamento com o Cidadão da Defensoria, por meio do telefone 129, de segunda a sexta, das 9h às 18h, que eles encaminharão para o atendimento adequado.

 

Texto e fotos: Thathiana Gurgel 

 


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