A subdefensora pública-geral, Paloma Lamego, e o ouvidor-geral da Defensoria Pública, Pedro Strozenberg, irão na tarde desta terça-feira, 7, ao Complexo da Maré ouvir os moradores sobre a operação policial de ontem, que deixou oito mortos e na qual helicópteros foram usados para disparar rajadas de tiros sobre a comunidade.  

Também estarão presentes defensores de núcleos especializados e representantes de várias instituições do Poder Público e da sociedade civil.  Todos os depoimentos colhidos serão encaminhados ao Ministério Público, para apuração.

Os jornalistas poderão conversar com os defensores ao fim da visita, às 16h, no Centro de Artes da Maré, na Rua Bitencourt Sampaio, 181.

Em junho do ano passado, a Defensoria Pública do Rio pediu à Justiça que proibisse o uso de helicópteros em operações policiais. O pedido, feito numa outra ação também referente à Maré, foi negado e o recurso junto a 2ª Câmara Cível ainda não foi julgado.

A ação inicial levou a Secretaria de Segurança a anunciar, em outubro de 2018, por imposição judicial, um Plano de Redução de Danos estabelecendo como obrigatória a presença de ambulâncias durante as operações policiais e determinando o uso de equipamentos de vídeo, áudio e GPS em todas as viaturas das Polícias Civil e Militar.

O pedido dos defensores do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, acatado pelo juízo da 6ª Vara de Fazenda Pública, contemplava ainda o fim de incursões policiais nos horários escolares, assim como a não realização de operações para cumprimento de mandados judicias no período noturno. O Plano de Redução de Danos não proíbe o uso de helicópteros, mas prevê que seja feito um disparo por vez, e não rajadas de tiros.



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