A comemoração do Dia das Crianças vai ser especial para 22 meninas e meninos que vivem em situação de vulnerabilidade social: todas(os) irão, pela primeira vez, assistir a um jogo do Flamengo no Maracanã. A ação é uma iniciativa da Defensoria Pública do Rio em parceria com Clube, e será realizada no próximo sábado (15), quando o Rubro-negro enfrenta o Atlético Mineiro. 

As crianças que participam da ação fazem parte do Projeto Cultural Menino Benjamin Filho, dedicado à formação cultural de jovens que vivam em situações vulneráveis na região central da cidade do Rio de Janeiro. Luna Magalhãess, professora voluntária de poesia e responsável por atividades culturais no Projeto, acredita que o esporte, assim como a arte, é uma potencial ferramenta de humanização e inclusão social. 

- Quando falamos de Flamengo, os olhos das crianças brilham. Quantos jogadores do time já saíram da extrema vulnerabilidade e hoje estão vivendo de futebol? Eles são os ídolos dessas crianças. Ainda que estejam nas ruas, nas calçadas, nas ocupações, elas nunca vão esquecer esse dia, ressalta a professora. 

A ação social deste sábado é parte da iniciativa "Nação no Maraca", projeto permanente da Responsabilidade Social do Flamengo, que distribui ingressos de jogos do clube para grupos socialmente vulneráveis, escolas públicas e projetos sociais. Esta é a terceira vez que a Defensoria do Rio e o Rubro-negro realizam atividades em colaboração.

- A inclusão social é uma das principais linhas de trabalho da política de responsabilidade social do Clube e a parceria com a DPRJ reforça nosso objetivo de busca por uma sociedade com menos desigualdades e maior participação social de grupos vulnerabilizados, gerando visibilidade e, consequentemente, quebrando paradigmas de preconceitos, argumenta a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Angela Machado. 

Já a defensora pública Cristiane Xavier, titular da 2ª DP do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, explica que a DPRJ tem a preocupação de fomentar a dignidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, sendo o lazer um tópico que também precisa ser estimulado.

- A ida ao Maracanã traz um ar de esperança de tempos melhores. É a integração da família não só na dura realidade cotidiana, mas na possibilidade de viver a alegria de ver seu time jogar e ter um momento de lazer, igual a tantas outras crianças, conclui a defensora.

Além das 22 crianças, mais duas(ois) jovens que vivem em abrigos da cidade serão levadas(os) ao Maracanã. A ação social deste sábado conta com o apoio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica), da DPRJ.

Texto: Thaís Soares



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