A defensora pública-geral, Patrícia Cardoso, durante o lançamento do 18° Dossiê Mulher


A Defensoria do Rio esteve presente, na última terça-feira (31), no Fórum de lançamento da 18ª edição do Dossiê Mulher, publicação do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), que analisa a violação de direitos das mulheres no estado. Desta vez, o Dossiê conta com um artigo produzido pela Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Mulher em parceria com o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ.

O estudo, lançado em cerimônia na Sala Cecília Meireles, no Centro, mostrou que o Estado do Rio de Janeiro registrou 7.363 casos de violência sexual contra mulheres no ano passado. Dentre os crimes que estão nesta categoria, o mais registrado foi o estupro, com 4.907 casos. Em seguida vem a importunação sexual, com 1.642 ocorrências.

Destacado no evento, o artigo do Nudem fala sobre o papel da Defensoria na assistência às vítimas diretas e indiretas nos crimes de feminicídio e como a Instituição vem trabalhando na promoção não só do combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, mas também no desenvolvimento de ações preventivas que visam a promoção de informações relacionada a direitos humanos na perspectiva de gênero.

— Ficamos muito felizes quando recebemos o convite de fazer parte do Dossiê Mulher. Ter a oportunidade de publicar um artigo falando sobre a atuação do Nudem e do GT Feminicídio, revela o reconhecimento à atuação da DPRJ e contribui para a divulgação dos nossos serviços, tendo em vista que o Dossiê é um importante documento com dados da segurança pública que compila número sobre a violência contra a mulher no RJ — disse Flávia Nascimento, coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ.

Na mesa de abertura, Patrícia Cardoso, a primeira mulher a assumir o cargo de defensora pública-geral no Rio, parabenizou o levantamento e destacou a importância de políticas públicas que possibilitem que as mulheres possam sair do ciclo da violência de gênero. 

— Nós precisamos construir uma rede de apoio e ajudar as mulheres a saírem desse ciclo de violência que é tão cruel. As mulheres precisam estar inseridas em espaços de poder, de fortalecimento, onde possam ter independência financeira, pois é esse o caminho que diz que elas podem voar, sair da prisão que um relacionamento abusivo pode trazer — disse Cardoso.

De acordo com o Dossiê, 2023 também é o segundo ano consecutivo em que a violência psicológica foi o crime com maior número de vítimas, atingindo cerca de 43 mil mulheres. Mais da metade dos crimes aconteceu dentro de uma residência e foi cometido, em sua grande maioria (67,6%), por alguém conhecido.

— A proteção integral e valorização da mulher é prioridade da nossa gestão e a Defensoria está de portas abertas, com equipes preparadas, com assistência qualificada para atender todas as mulheres que precisam de ajuda — reforçou a defensora pública-geral. 

Além de Cardoso, estiveram presentes a coordenadora e a subcoordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher, Flávia Nascimento e Matilde Alonso, além da psicóloga e da assistente social do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), Pamela Rossy e Moema Bastos de Morais. À tarde, a Defensoria também integrou uma mesa do Fórum para debater o tema “A Segurança e Justiça a Serviço da Mulher – Tecnologia e Atendimento”.


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