Jardim Botânico adapta brinquedos para PCDs após ofício da DPRJ
A direção do Jardim Botânico, na Zona Sul, deu início às obras de instalação de brinquedos adaptados para crianças com deficiência, no parquinho infantil do local. A medida foi adotada após recomendação da Defensoria Pública do Rio, feita em agosto do ano passado, para tornar os brinquedos e demais estruturas do parque, incluindo o banheiro, acessíveis a essas crianças.
O documento, desenvolvido pelo Núcleo de Defesa da Pessoa com Deficiência (Nuped) e pela Coordenação de Tutela Coletiva, solicitou a adaptação dos brinquedos, para possibilitar que crianças com deficiência também possam se divertir no parquinho.
A demanda chegou à Defensoria através do Grupo Juntos – formado por mães de crianças e de jovens com deficiências.
— As obras realizadas pelo Instituto estão de acordo com os ditames da Convenção Internacional de Direitos das Pessoas com Deficiência, e da Lei Brasileira de Inclusão, que também prevê o direito ao lazer como direito fundamental. Além disso, contribuem para a construção de uma sociedade mais inclusiva – afirmou Marina Lopes, coordenadora do Nuped.
Carla Rocha, uma das participantes do grupo, é mãe de Danilo, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela comemora a conquista da instalação dos brinquedos e da adaptação do banheiro.
— Estou muito feliz com o andamento do processo. Destaco que os brinquedos que estão sendo colocados são não apenas adaptados, mas inclusivos, uma vez que permitem que uma criança com deficiência brinque ao lado de uma criança sem deficiência. Além disso, fiquei muito feliz com a notícia de que haverá piso tátil para pessoas com deficiência visual e banheiro adaptado para pessoas em cadeira de rodas. É uma conquista muito grande. Agora estou ansiosa com o desenrolar das demais pracinhas e parques novos ou reformados desde 2018, que também precisam cumprir a lei. É preciso aumentar a conscientização sobre o direito ao lazer, desporto e de ir e vir de todas as pessoas, inclusive as que possuem alguma deficiência — concluiu.
Texto: Ana Clara Prevedello
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