O auditório da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) foi palco, nesta terça-feira (24), da abertura do 1º Fórum da Rede A3P do Rio de Janeiro, iniciativa que reuniu representantes de diferentes órgãos públicos em torno de uma pauta urgente: a consolidação da cultura de sustentabilidade na administração pública. A programação marcou o início de três dias intensos de trocas de experiências e reflexões sobre práticas ambientais, envolvendo instituições como a Fiocruz, o Jardim Botânico, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público.

A cerimônia de abertura contou com a presença da chefe de gabinete da DPRJ, Luiza Lisboa Amin Trompiere, e do coordenador da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Pablo Saldo. Ambos destacaram a importância de ampliar a rede de diálogo e cooperação entre os órgãos públicos.

— A A3P é mais do que uma agenda ambiental, é um convite à mudança de cultura nas rotinas institucionais, com impactos reais no presente e no futuro — disse Pablo Saldo, coordenador da Agenda Ambiental na Administração Pública do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Para a Defensoria Pública, que aderiu à A3P em 2021, o evento simboliza um avanço na implementação de práticas sustentáveis no serviço público fluminense.

— O objetivo com esse encontro é fortalecer laços entre instituições e mostrar que sustentabilidade também é uma pauta estratégica no setor público — falou a Luísa Lisboa Amin Trompieri, chefe de gabinete da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

Com mesas temáticas e palestras ao longo do dia, o fórum abordou eixos essenciais da A3P, como o uso racional de recursos, a gestão de resíduos e a qualidade de vida no trabalho. A coordenadora de Sustentabilidade da DPRJ, Camila Valls, apresentou a experiência da instituição com a logística reversa de papel, iniciativa premiada nacionalmente, destacando a viabilidade de integrar proteção de dados e responsabilidade ambiental em uma única ação.

— Compartilhar experiências e aprender com os desafios dos órgãos é o que nos permite crescer em escala e promover soluções mais eficazes para a sustentabilidade pública 
— comentou Camila Valls, coordenadora de Sustentabilidade da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Também participaram do evento especialistas como Cláudia Coutinho, do  Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Aline Trigo, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), e Claudia Schwartz, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), além de representantes de universidades e centros de pesquisa. 

O Fórum A3P segue até quinta-feira (26), com atividades em outras instituições, como a Defensoria Pública da União, na Baixada Fluminense. A proposta é descentralizar as discussões e fortalecer a articulação regional, valorizando a troca entre diferentes realidades.

Texto: Melissa Cannabrava.



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