Créditos: Ana Carolina Amaral

 

— Se cada um fizer um pouquinho, conseguiremos uma mudança gigantesca — A fala da Defensora Pública, e coordenadora da sede operacional do Edifício Garagem Menezes Côrtes, Dra. Georgia Cabeços, sintetiza bem o espírito do novo projeto da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro: o ponto de coleta Preserve, inaugurado na última quinta-feira (26) no prédio do Menezes, no Centro do Rio. A iniciativa convida defensores, residentes, servidores, estagiários, assistidos e visitantes a entregarem tampinhas plásticas, lacres de alumínio, cápsulas de café, pilhas e baterias — materiais que terão destinação adequada e, em muitos casos, serão revertidos para campanhas e ações sociais.

A proposta é simples, mas com potencial transformador:  

— Estamos atrasadíssimos na questão da conscientização, da mobilização, de tomar atitudes concretas e não ficar só no falatório. Eu não sei como vai ser o nosso planeta daqui pra frente  —  alerta a dra. Georgia Cabeços, lembrando que a Defensoria, enquanto “Casa da Cidadania”, tem a tradição e a missão de abraçar causas que beneficiem não só a população assistida, mas o futuro coletivo.

O ponto de coleta faz parte do programa de sustentabilidade da DPRJ, com a Coordenação de Sustentabilidade Ambiental (Costusten) e gestão local da própria sede do Menezes Côrtes. Durante a inauguração, também foram distribuídas mudas do projeto Replantando Vida, da Cedae, voltado à ressocialização e ao estímulo ao plantio de árvores.

Para participar, basta levar o material até o ponto de coleta localizado no hall de entrada do 13° andar do prédio. Não é necessário agendamento, identificação ou cadastro — é só chegar, identificar o recipiente correto para cada tipo de resíduo e fazer o descarte. A coleta é permanente e está aberta a todos.

A servidora e coordenadora de sustentabilidade da Defensoria, Camila Valls, ressalta a importância de ações como essa para ampliar a cultura da reciclagem:

 — A forma mais efetiva de garantir a reciclagem é que cada pessoa, geradora de resíduos, faça o encaminhamento adequado. Não podemos esperar que as cidades sejam estruturadas com coleta seletiva. A gente precisa ter responsabilidade — diz a coordenadora.

Além de facilitar o descarte consciente, o projeto aproxima a Defensoria das cooperativas de catadores, favorecendo a geração de trabalho e renda:  

— Estimular a reciclagem é estimular que mais materiais recicláveis cheguem até essas cooperativas de uma forma mais digna, mais honesta  —  completa Camila Valls.

Por enquanto, o Menezes Côrtes é a única sede da Defensoria com ponto de coleta ativo. Para incentivar outras unidades da Defensoria e até instituições externas a implementarem ações semelhantes, a Costusten desenvolveu um manual com orientações práticas para criação de pontos de coleta. 

O guia está disponível online e pode ser acessado neste link, servindo como um passo a passo acessível para quem quiser começar. Assim, a Defensoria reafirma seu papel não apenas como casa da cidadania, mas também como agente mobilizador de práticas sustentáveis dentro e fora do serviço público.

Texto: Mylena Novaes

Fotos: Ana Carolina Amaral

Veja as fotos do mutirão no Flickr!



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