Diante da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que já tem como resultado mais de cem mortos, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos direitos fundamentais, com a preservação da vida e com a defesa da dignidade das pessoas.

Desde a última terça (28) pela manhã, a Defensoria Pública, através da Ouvidoria e do Núcleo de Direitos Humanos (NUDEDH) tem ouvido e acolhido os moradores dos locais afetados e os familiares das vítimas fatais, buscando assegurar que cada relato contribua para a necessária resposta institucional à violência estatal nunca antes vista. No mesmo dia, também foi apresentado ao Conselho de Monitoramento da ADPF 635 o relatório das escutas dos moradores dos locais da operação e cobrado o cumprimento das diretrizes estabelecidas.

Nesta quarta (29), desde as primeiras horas, o NUDEDH segue acompanhando os desdobramentos da operação, com a presença de Defensores Públicos e toda equipe no Complexo da Penha e no IML. Ao mesmo tempo, a Defensoria reforça suas atuações técnicas em diversas frentes, prestando assistência jurídica integral e gratuita tanto aos familiares dos mortos quanto às pessoas presas e atingidas durante a operação. Nossas equipes seguem mobilizadas numa força-tarefa para garantir o respeito às garantias constitucionais, à transparência dos atos estatais e à proteção de populações vulneráveis.

Há equipes da Defensoria Pública destacadas para atuação no IML do Rio para identificação dos corpos das vítimas. Além disso, Defensores Públicos atuam junto às audiências de Custódia e no Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) para oitiva dos adolescentes apreendidos.

Em tempos de grave tensão e dor coletiva, em um cenário de verdadeira guerra urbana e luto, a Defensoria Pública continuará trabalhando na defesa dos cidadãos fluminenses em situação de vulnerabilidade.

Canais de atendimento da Defensoria Pública:
Telefone DP/RJ: 129
Ouvidoria da DP/RJ: 0800 282 2279



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