DPRJ participa de Marcha Trans e Travesti e Parada do Orgulho LGBTI+

Um documento para começar uma vida com mais respeito e dignidade. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro atuou neste fim de semana na Marcha Trans e Travesti, no sábado (22), e na 30ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio, no domingo (23), e realizou cerca de 80 atendimentos de requalificação de nome e gênero para a comunidade.
Em meio a histórias de dor, como a de pessoas trans que foram expulsas de casa, sofreram depressão por terem tido negadas a possibilidade de serem quem são e viveram inúmeras violências, o Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual (Nudiversis) da DPRJ ofereceu um caminho para que os documentos oficiais passem a representar exatamente a forma como cada um se identifica.
— Ter o documento é um direito básico, de evitar constrangimentos, ser lida de acordo com a sua aparência, personalidade e essência — afirma Ariel Vitória, mulher trans que deu entrada em sua requalificação de nome e gênero durante o mutirão do Nudiversis no sábado (22). Ela estava acompanhada do namorado, Alef Barros, homem trans que já fez a retificação dos documentos e entende a importância de dar esse passo para uma cidadania completa.

A participação da Defensoria em eventos voltados para as minorias tem o intuito de facilitar o acesso aos serviços para a população.
— É importante que a Defensoria esteja nestes espaços, significa que nós estamos mais próximos daqueles que precisam da instituição. A equipe está muito feliz com a procura, temos muito prazer em atender, porque esse é o motivo do Nudiversis estar na rua — disse a Defensora Pública Fernanda Lima, Coordenadora do Nudiversis.
Próximos passos

O atendimento prestado pela Defensoria na Marcha Trans e Travesti e na 30ª Parada LGBTI+ do Rio é o primeiro passo para a mudança definitiva nos documentos.
— A Defensoria realiza o primeiro atendimento, recolhe toda a documentação necessária e providência a distribuição das ações. Esses processos já saem dos eventos devidamente distribuídos, com número de processo definido — explica a Defensora Pública Fernanda Lima.
No mutirão do próximo dia 5, quem estiver participando da requalificação de nome e gênero sairá com a sentença em mãos, além de receber orientação da Defensoria para efetuar a modificação dos demais documentos, tendo o apoio da instituição durante todo o processo deste renascimento civil, com a nova identidade respeitada e garantida.
Texto: Elisa Soupin.
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